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Arquitetura do amor: a verdadeira montanha russa que se vive intensamente

Tudo começa quando você tem aquele primeiro encontro. Onde você acha que está preparado. Passou a semana pensando em que roupa vestir, o que falar, como se portar. Até que é chegada a hora. Seu celular toca e o carinha que você tanto espera diz que já chegou. Seu coração dispara, você pensa em desistir, em dar uma desculpa. Então, sai mais cedo da aula para o tão desejado encontro. Suas pernas tremem, parece não quererem sair do lugar ao mesmo tempo em que o desejo é de correr para logo encontrá-lo.
E você chega na rodoviária - local marcado para o primeiro encontro - e logo observa uma pessoa com as características que lhe são peculiares, blusa azul, calça jeans, cabelo de lado lindo, alto. E seu coração pula, acelera, parece querer explodir. Se cumprimentam, sentam num banco qualquer e trocam miudezas para quebrar o gelo. Se olham bem no fundo dos olhos e sentem que nasceram um para o outro.
Seguem em direção de casa. Lá ainda sem jeito, sentam afastados, conversam, até que alguém toma a iniciativa e ataca de beijos, aquele beijo quente, fervoroso, que não da vontade de parar de beijar. E a partir daquele momento inicialmente carnal, você sente, percebe que aquele carinha veio para mudar a sua vida, veio para ficar!
Na hora de ir embora, uma dor, pareciam que aqueles corpos tinham sido feitos um para o outro, e a partir daquele momento tinham se tornado um só. Que seria impossível viver longe um do outro.
O sentimento é de que você é a pessoa mais feliz do mundo, se sente único, se sente amado, desejado.

E assim começou a minha grande paixão.
Só que ninguém me contou o quão difícil seria. Não era o meu primeiro namoro. Mas como tinha sido tudo tão diferente, pensei que outras coisas também seriam.

Mas o tempo foi passando. Nos primeiros de namoro; presentes, visitas com lanche. E era formidável. Mais alguns meses e foram morar juntos, sentiam essa necessidade. E a paixão incansável.
E desde então tudo o que faziam eram juntos, como unha e carne.

Com o tempo, a convivência, parece que o encanto foi cedendo espaço para a realidade do que é um relacionamento. Então as brigas apareceram. Mas no fundo aquele amor sempre prevaleceu.

E ao invés daquele fogo todo, outras lições foram surgindo, sendo aprendidas, colocadas em prática e as diversidades sendo superadas.

No entanto, você percebe algumas situações, como mensagens de voz, torpedos de uma outra pessoa, e passa por cima. Você ama, e a pessoa nega ser um engano. Você da esse crédito ao amor da sua vida.

Você se conhece, sabe que não é uma pessoa fácil. Mas o outro também não. E assim segue a vida.
Nesse estágio, os beijos deixam de ser frequentes, assim como você começa a sentir falta de carinho e atenção. Cobra. E é chato por isso, neurótico. Então aquela desconfiança lá de trás vem sempre a tona em sua mente. Você sabe que alguma coisa errada aconteceu. Seu corpo conhece quando algo acontece. Sua mente pode querer dizer não, mas seu coração, seu corpo reconhece. E pelo fato do coração reconhecer, é que ele passa por cima e segue em frente tentando ser feliz.

Você as vezes quer deixar ir, mas não consegue. E se pergunta: será mesmo amor?! Ou medo da solidão. Costume? E não arrisca nada! Apenas fica. E vive com esse fantasma que atormenta a sua vida sempre que algo lhe é "escondido", ou não compartilhado e descoberto algum tempo depois.
O que fazer? Qual a melhor saída? Tem saída? Mas você ama, vai sofrer se deixar ir, mas também sente que não está completo por deixar ficar.

Tentar?! Tentar mais quantas vezes? Será que tem jeito?

E os beijos, e o desejo de se sentir amado, desejado?

Sentimentos precisam ser demonstrados.
Ainda assim, no meio do turbilhão de sentimentos, desse conflito, você percebe que cresceu.
Que por mais difícil que seja, você luta, tenta reencontrar sempre aquele carinha que te fez tão feliz lá no início. Há esperança.

Nessa era moderna os namoros são descartáveis. É como comprar um ventilador e o jogar fora porque parou de funcionar. É mais simples comprar outro. E porque não tentar consertar? Também tem jeito. Foi tanto amor e carinho que você investiu quando o viu pela primeira vez. O que aconteceu? Onde está o frio na barriga, o carinho?

As pessoas mudam, crescem, é verdade. Mas apesar de tudo, ainda sinto que te quero, ainda te amo.
Viver com um fantasma realmente não é fácil. Mas se for pra tentar ser feliz, eu tento.

É bom olhar para trás e ver o que conquistamos, o que tivemos que driblar para estar juntos.
Ser forte faz parte. Mas ter coragem para dizer que te quero, eu tenho.

Eu te amo. Eu te quero.

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