Ha algum tempo atrás, a educação e a escola não eram valorizadas - como ainda é. A educação era tida como exclusão, negação, uma situação que não era real. Pois o conhecimento promove a autonomia, que não era admissível que tivesse nas escolas, que tinha como papel apenas o repasse de informações.
Ainda bem que os tempos são outros, há sim exclusão mais também há aqueles que façam valer o seu conhecimento e fazem a coisa acontecer. Mas também vemos ainda muitos profissionais da educação atuando como repassadores de informações e alunos passivos, apenas receptores. É preciso ampliar os espaços onde se discutem os conhecimentos, como as escolas por exemplo. É preciso parar para analisar as informações que recebemos do mundo para saber o que vamos fazer com elas.
Já sabemos que as informações puras e cruas, não passam de informações. Para gerar o aprendizado é necessário que essa informação seja transformada em conhecimento. E dessa forma, vamos nos sentir mais felizes, a vida se torna mais satisfatória, mudamos nossa postura e conseguimos agir com mais segurança. E assim podemos transformar o mundo a nossa volta, pois vamos ver as coisas com outros olhos, por outros ângulos, antes fechados, presos na escuridão.
O interessante é que quando estamos pesquisando sobre dado assunto/objeto, estamos vivenciando um estado de laboratório. Conseguimos superar desafios. Esse estado é o de estar observando. Ver como a coisa realmente funciona. Atentamos-nos sobre o assunto/objeto de maneira mais cautelosa e ai surge o questionamento que nos faz subir mais um degrau, desacortinando as nossas mentes e nos trazendo mais um novo conhecimento. Valendo ressaltar que a mídia também promove essa interação de informações, manipuladoras, tanto de maneira positiva ou negativa. Manipulando o ser humano com as informações que acham cabíveis que a população saiba e conheça. Então cabe a nós termos o senso crítico e analisar o que realmente vale a pena, o que nos interessa.
A função da pesquisa é justamente nos fazer progredir, buscar coisas novas e assim buscar novas possibilidades, novas alternativas. E confrontar os conhecimentos é uma maneira de se conhecer coisas novas, ir atrás de algo novo. E ao descobrir coisas novas, algumas vezes, colocamos em prática, no nosso cotidiano, fazendo com que algumas coisas se facilitem. Fazendo-nos ser mais felizes, apesar de mesmo tendo um pouco de conhecimento, em muitos campos práticos da vida, acabamos dificultando e tornando os outros e até a nós mesmos seres infelizes. Por isso é interessante analisar o quanto a busca pelo novo é importante. Por isso o confronto, o questionamento. Será que realmente vale a pena? Posso mudar de atitude? É preciso ter conhecimento para tal. Mas também é preciso coragem. Porque sem conhecimento não tem como agirmos no mundo.
Temos que estar sempre pesquisando, nos inovando. O conhecimento nos liberta do medo do desconhecido, nos da independência e autonomia. E é importante que nós enquanto educadores saibamos educar para a autonomia. Para que “criemos” seres críticos e pensantes. Pois o mundo está aí, recheado de informações boas e más. Mas se temos o conhecimento, também sabemos reconhecer as conseqüências de nossas escolhas. Ter o senso crítico é fundamental nesse mundo tão fulminante de informações que saem por todos os lados.
Que não sejamos apenas mais um, mais alguns. Que saibamos fazer a diferença. Não perfeitamente, pois ainda estamos muito longe disso, seria pretensão demais. Mas que deixemos o nosso legado da melhor maneira possível, que demos o nosso melhor. Que não nos acomodemos e vivamos sempre da pesquisa para que – desta forma – possamos deixar e fazer coisas boas por tantos que ainda precisam de um pouquinho de informações, de conhecimentos que nós já temos. E assim nos polirmos vagarosamente de nossas impor feições: construindo conhecimentos.
Comentários
Realmente algumas coisas mudaram mas ainda ha muito o que se fazer.
Abraço,